FAMÍLIA! FAMÍLIA ! FAMÍLIA!

Lendo o artigo da revista "Isto é", do mês de agosto (2011), sobre "O novo retrato da fé no Brasil" (Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/152980_O+NOVO+RETRATO+DA+FE+NO+BRASIL/2), um dado para a decisão de mudança de religião, por parte dos brasileiros, me chamou a atenção: a família.

"Faz dez anos que o número de convertidos ao islã no País aumentou. E não são os atentados às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, que marcam esse novo fluxo, mas a novela “O Clone”, da Globo. Foi ela que “introduziu no imaginário cultural brasileiro imagens bastante positivas dos muçulmanos como pessoas alegres e devotadas à família”, como defende Paulo Hilu da Rocha Pinto em “Islã: Religião e Civilização – Uma Abordagem Antropológica” (Editora Santuário), de 2010. “De lá para cá, a conversão de brasileiros cresceu 25%. Em Salvador, 70% da comunidade é de convertidos”, diz a antropóloga Francirosy Ferreira, pesquisadora de comunidades muçulmanas da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto."

E não é de se impressionar, pois o Islamismo consegue fazer na prática o que nós, cristãos protestantes, só "fazemos" na teoria ("Fazemos"?). E é por isso que o Islã não para de crescer no Brasil... E continuará crescendo!

Uns vão dizer, mais uma vez, que a culpa é da Globo. Se os valores familiares cristãos fossem vividos como são pregados, provavelmente, a Globo até nos ajudaria a promover o Evangelho. Afinal de contas, para as emissoras o que importa é o cofre cheio.
Meu irmão (biológico), Arthur Viégas, morou cerca de 3 anos num país muçulmano e uma das coisas que mais o impressionou foi esse valor que a família tem, na cultura, na religião. Conheço outras pessoas que também tiveram a mesma boa impressão. (Para um melhor entendimento sobre o valor familiar muçulmano, recomendo lerem o artigo "A família no Islã", disponível em http://www.islamreligion.com/pt/articles/387/.)

Já disse isso uma vez: Eu tenho um sonho! Sem querer copiar Martin Luter King Jr., mas já copiando...
Na minha infância ainda me recordo dos domingos em que a minha família se reunia. Domingo sempre foi "o dia da família", até os meus 20 anos de idade, quando me converti (ao cristianismo) e minha mãe faleceu. Minha mãe, Márcia, só começava o almoço quando todos estavam à mesa, e brigava comigo e com meu irmão quando ela chamava e não atendíamos de pronto. Que saudade desses momentos à mesa, depois o sofá, deitado no colo do meu pai ou da minha mãe e nesses simplíssimos momentos, fortalecendo os laços da família.
E voltando ao sonho, meus domingos nunca mais foram o mesmo. Os cultos tomaram conta desse "dia da família". Ainda mais depois que compreendi a minha vocação. Não estou dizendo ou fazendo campanha para que não tenhamos mais cultos. Estaria indo contra o valor da reunião da família de Deus, que é muito importante também, e valorizo. Mas sonho em ver um domingo no mês dedicado à família. O verdadeiro culto no lar, as famílias reunidas em suas casas, mesa e sofá cheios, o chão também (gosto de deitar-me no chão, quem não gosta?), os outros cômodos da casa, aquelas várias conversas, de vários assuntos, piadas, risadas, cochilos, avós, pais, filhos, netos, amigos que se agregam à família e se tornam parte também. E sem hora pra acabar. Ninguém com pressa por seus afazeres na Igreja. Ah, que saudade!

Será que conseguiremos isso um dia? Você acha que isso seria importante para as famílias cristãs? Será que isso nos fortaleceria mais enquanto igreja?

Se a família é a base dos bons valores da sociedade, como pregamos, está na hora de começarmos a pensar em como trazer de volta esses valores perdidos.

Eis a minha sugestão. É uma! E você, o que sugere?

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